domingo, 19 de dezembro de 2010

- Conheça mais sobre a Molinésia



Nome científico:
Poecilia latipinna
Origem: América do Norte e México
pH: 7,4
Temperatura: 25ºC
Tamanho adulto: 10cm
Reprodução: ovovivíparo

Apesar de ser um dos peixes mais populares entre os iniciantes no aquarismo dulcícola, poucos sabem que na natureza, a molinésia habita águas salobras bem diferentes da que são normalmente mantidas em aquários.

A variedade mais comum é a negra, mas podem ser encontradas diversas outras na lojas, entre elas estão a negra cauda de lyra, balão, tigre, velífera, dálmata entre outras sendo que o comportamento e os cuidados que requerem são praticamente os mesmos.
Originária de águas costeiras do sul da América do Norte e México, raramente passam de 6 cm e vivem mais de 2 ou 3 anos em aquários, mas se suas exigências forem atendidas, podem ir muito além disso, uma molinésia mantida em água salobra e aquários com no mínimo 100L pode chegar a 10cm de comprimento. Outra curiosidade é que estudos comprovam um maior crescimento de sua nadadeira dorsal se criadas em temperaturas por volta de 20ºC, essa característica valoriza bastante o peixe.

As molinésias também podem ser mantidas em aquários marinhos após uma adpatação adequada, mas isso não é recomendado, pois o peixe nunca atingirá seu desenvolvimento pleno e seu tempo de vida diminuirá consideravelmente.
O substrato do aquário deve conter pedras calcárias, como dolomita, a fim de se manter o pH em um nível mais elevado, em torno de 7,4, plantas são muito bem vindas, as mais recomendadas são as volumosas e de folhas finas que oferecem importantes esconderijos para os filhotes, entre elas estão a rabo de raposa, pinheirinho, elódea, cabomba, sinemá entre outras que se adaptam bem ao pH da água. A temperatura pode ser mantida entre 25ºC e 27ºC. A população de molinésias deve ser composta por mais fêmeas do que macho, é recomendável a proporção de 1:4 pois os machos passam boa parte do dia tentando acasalar com as fêmeas e se o número delas for baixo, podem viver constantemente estressadas.

Como é comum na família Poeciliidae, são ovovivíparos e os filhotes se desenvolvem dentro da mãe até estarem completamente formados para nascarem, dispensado a postura de ovos; a fecundação é interna, o macho através de uma nadadeira anal modificada chamada gonopódio, fecunda a fêmea, sendo que seus espermatozóides podem ser suficientes para mais de uma "gestação".

A reprodução em cativeiro é bem comum, a primeira coisa é saber diferenciar os machos das fêmeas, os primeiros possuem a nadaderia dorsal mais desenvolvida e o gonopódio (uma nadadeira em forma de bastão na região anal), a fêmeas são maiores, mais "gordinhas" e não possuem o gonopódio, no lugar há uma nadadeira anal comum.
Como já comentado, os machos passam o tempo todo tentando copular com as fêmeas, então isso não será motivo de preocupação para o aquarista.

A gestação dura cerca de 30 dias, e é necessário ficar atento quando os filhotes nascerem pois os adultos podem comê-los, daí a preferência por aquários densamente plantados ou a montagem de um aquário pequeno com muitas plantas só para a fêmea, até o nascimento dos alevinos, uma dica para o nascimento ocorrer mais rápido, é elevar a temperatura para 28ºC, mas deve-se ter em mente que isso pode ocasionar o nascimento de filhotes prematuros.

O uso de "criadeiras" plásticas não é recomendado pois o espaço é reduzido e um erro de cálculo do aquarista pode deixar a fêmea por muito tempo neste confinamento, o estresse gerado pode ocasioanar o nascimento de filhotes mortos ou até mesmo a morte da fêmea. Os filhotes devem ser mantidos longe dos adultos, até adquirirem um tamanho que não permita que sejam devorados.

A alimentação dos filhotes deve ser feita com dáfnias, artêmia recém nascida, microvermes e ração floculada reduzida a pó, os adultos devem ter uma dieta a base, principalmente, de vegetais, algas (são ótimas devoradoras de algas), ração básica, ração de spirulina etc, mas sem esquecer dos alimentos vivos como artêmia, dáfnias, minhocas entre outros.

- Saiba Mais Sobre o Bala Shark


pH: 6,5 à 7,4
Temperatura: 25 ºC
Tamanho adulto: 35 cm
Reprodução: Ovíparo

O Tubarão Bala ou Prateado, cientificamente chamado Balantiocheilus melanopterus, é um dos peixes mais apreciados no mundo do aquarismo. Originário do sudoeste asiático, a espécie começou a chegar na Europa nos anos 50. Hoje em dia, está presente em vários aquários do mundo. Muitos criadores sentem grande afeição pelos “tubarões bala”, que terminaram por se tornar uma das opções mais importantes no comércio internacional de peixes ornamentais.
Ciprinídeo de médio porte, precisa de muito espaço para nadar, chegando a atingir cerca de 35 cm em um grande tanque. Já em aquários caseiros, de pequeno volume, os Balas não crescerão tanto, atingindo no máximo 15 cm. Preferem viver em cardumes, e há relatos de que possuem vida longa, de 10 a 15 anos.

Um aspecto difundido sobre a espécie tem desapontado muitos aquaristas: “ o Tubarão Prateado não se reproduz em cativeiro”. Esse “decreto” contraria muita gente, ainda mais quando não se fornece uma explicação clara para a questão. Assim, sempre que alguém desejar substituir um Bala Shark que morreu em casa, seja por doenças, má qualidade da água, ou porque saltou fora do tanque, é preciso ir à loja e comprar outro exemplar, já que não há uma produção própria para substituir a perda.
Os atlas e guias de peixes de aquário são muito reservados acerca da procriação do Tubarão Bala, e a Internet também não é muito esclarecedora a esse respeito. Em diversos sítios da Internet, lemos que os Bala Sharks são ciprinídeos que espalham ovos, sem qualquer cuidado posterior com a cria, mas quanto à sua reprodução: “é desconhecida até agora”, “não é possível em cativeiro”, “não ocorre em aquário”, que “não há relatos de procriação bem sucedida em cativeiro”, “seus hábitos reprodutivos não têm sido documentados” ou ainda que “raramente procria em cativeiro”. Ora, o que é raro não é impossível, mas infelizmente não são fornecidas notícias detalhadas sobre a questão. Outro sítio em inglês lança uma pista: “não se sabe de sua desova em aquários, mas tem sido procriado comercialmente em lagos de terra no sudoeste asiático”. O sítio Mongabay, que trata, também em inglês, de várias espécies de peixes de aquário, esclarece que nas fazendas de piscicultura na Ásia se utilizam hormônios para provocar a desova dos Bala Sharks em cativeiro.

O americano John Robertson, muito interessado na procriação de Bala Sharks, relatou na Internet suas duas tentativas de provocar a desova dessa espécie em seu aquário caseiro de 150 cm de comprimento, entre 1999 e 2000. Esse artigo foi editado online em novembro de 2002: ele tinha quatro tubarões bala com mais de 25 cm cada, e vinha notando comportamentos estranhos, sobretudo de um par. Por intuição, definiu qual dos indivíduos era o macho e qual era a fêmea (o macho, mais esguio e agitado, agressivo; a fêmea, mais cheia e calma). Assim, ele pensou em estimular a desova dos seus peixes através da simulação, no aquário, do clima de Monções, fenômeno tipicamente asiático, quando as chuvas torrenciais inundam os campos: para isso, começou baixando o nível da água, depois subiu a temperatura e diminuiu a quantidade de alimento, indicando a época de seca na região asiática.
Após alguns dias nesse sistema, que continuava com filtração e trocas parciais, ele simulou a época das enchentes e das chuvas, elevando o nível d´água, baixando a temperatura e aumentando a alimentação dos peixes. Colocou pedras e plantas no fundo e observou o comportamento do “casal”: segundo ele, o par apresentou uma postura típica de reprodução, com perseguições, enroscamento de corpos, danças coladas, etc, mas não houve desova. Veremos depois as possíveis falhas e limitações dessa experiência de Robertson.

Segundo uma lenda, os Bala Sharks e outros peixes importados da Ásia sofreriam um processo de esterilização antes de deixarem seus países de origem. Tal notícia não possui base científica, além do que muitas espécies que nos chegam de lá reproduzem naturalmente.

É importante notar que não há interesse dos criadores asiáticos em divulgar qualquer dado sobre a reprodução dessa espécie, seja em cativeiro, seja em seu habitat natural. O lucro comercial desse peixe é tão elevado que não seria vantajoso divulgar dados a respeito de sua procriação. Por sua extração desmedida da natureza e pela destruição ambiental em certas regiões da Ásia, a espécie corre o risco de ser extinta do habitat natural, limitando sua presença apenas a aquários e criatórios comerciais.

A reprodução desse peixe em cativeiro, importante para a propagação da espécie, deve seguir as regras normais para qualquer peixe: condições muito próximas do natural que propiciem o amadurecimento sexual dos indivíduos para que se sintam estimulados ao processo reprodutivo. O Bala Shark, segundo dizem os especialistas, alcança a maturidade sexual quando atinge entre 15 e 17 cm de comprimento. É um ciprinídeo muito veloz, e muito provavelmente realiza migrações na época de se reproduzir, indo no sentido contrário das fortes correntezas dos rios, espalhando seus ovos próximos às nascentes, conforme fazem os nossos cruzeiros do sul, matrinchãs, jaraquis, dourados, entre outros, sobretudo no período das chuvas. Os alevinos se recolhem em locais mais calmos, como baías, enseadas ou lagos cujas águas se juntaram com as dos rios nas enchentes e depois de recuar, se isolaram. É assim que se explicaria a existência desses peixes em lagos de Sumatra e Bornéo, grandes ilhas que ainda apresentam a espécie em estado natural. Mas é difícil aceitar que eles procriem em águas paradas. Nas enchentes do ano seguinte, esses peixes represados voltam ao curso normal do rio e os maiores iniciam a migração para reproduzir. Essa é uma limitação que Robertson não pôde ultrapassar: como simular uma correnteza turbulenta e a migração em um aquário de 1,5m? Alguns peixes nadam centenas de quilômetros até a cabeceira dos rios, e esse caminho é essencial para a maturação hormonal das espécies. Outra questão: esse peixe desova sobre pedras, areia, ou entre plantas? Quais espécies de plantas? E de que se alimentam durante a desova? Qual a melhor água para desovar? São questões difíceis de responder. Um peixe de piracema precisa migrar até a nascente dos rios para procriar. Se ele viver confinado por muito tempo em águas paradas, como em aquários ou tanques, por exemplo, dificilmente irá desenvolver seu sistema endócrino satisfatoriamente, não chegando a gerar o amadurecimento dos óvulos, nas fêmeas, nem o desenvolvimento dos testículos, nos machos, impossibilitando a fecundação e a eclosão de ovos. É por isso que não há casos de reprodução de Bala Sharks em aquários ou tanques.

Tenho certa desconfiança de que uma correnteza forte com muita espuma possa estimular a desova dessa espécie, e que o melhor substrato, nesse caso, deva ser de pedras e areia, em águas não muito profundas, até um metro. É isso o que muitas espécies brasileiras procuram na época das migrações de desova, inclusive realizando saltos contra a correnteza. É notável o formato dinâmico dos Balas: sua velocidade e capacidade de saltar devem ter algum sentido na natureza. Dificilmente um aquário satisfará tais condições. Acredito, no entanto, que se possa reproduzir Tubarões Bala artificialmente sem uso de hormônios, bastando simular uma ambientação próxima do natural, em um tanque bem longo, na forma de canal, pouco profundo, com correnteza forte, trechos espumantes, como em um riacho, com água circulante desaguando em um espaço mais profundo e amplo, com pedras no fundo, plantas, boa alimentação, época de chuvas, etc. Isso é muito custoso e difícil para um criador caseiro.
Finalizando, a alimentação desses peixes deverá ser a mais variada possível, aceitam bem rações em flocos, mas alimentos vivos como artêmia, tubifex etc não devem faltar.

- Spirulina na Alimentação

Origem:

A Spirulina é uma alga verde-azulada, pertencente à classe das Cianofíceas, e que possui como característica apresentar-se sob a forma filamentosa.

Histórico:

Estima-se que a Spirulina esteja presente na Terra a cerca de 3500 milhões de anos, quando – em conjunto com outras algas – participou na formação do cobertor de oxigênio que tornou possível a evolução das altas formas de vida de nosso Planeta. Portanto, é possível dizer que as mesmas regulam desde então a biosfera da Terra.

Segundo alguns estudos, a Spirulina esteve incluída na dieta alimentar de várias civilizações no mundo inteiro, inclusive a civilização Azteca. Na atualidade está difundida entre um número cada vez maior de pessoas, entre as quais encontram-se participantes de organizações que promovem a busca por uma alimentação mais saudável. Os responsáveis pela formulação da dieta dos astronautas da NASA tomam-la como importante componente.

A Spirulina possui inúmeros nutrientes necessários ao organismo, sendo um alimento tão completo que – de acordo com o que se conta – um filósofo japonês, chamado Toru Matsui, viveu dezessete anos no Monte Hakone, ao redor de Tóquio, apenas comendo Spirulina.

Composição e algumas utilidades:

Criadores de peixes, no Japão, têm descoberto que a Spirulina aumenta a palatividade, enquanto que, ao mesmo tempo, oferece nutrientes importantes ao desenvolvimento e à manutenção em geral de seus exemplares. (Revista de Acuacultura 1990. Calcium Spirulan, un inhibidor de la proliferación de virus, de una alga azul-verde, Spirulina plantensis. J. Nat. Prod. 59:83-87, 1996.).

A Spirulina é fonte de aminoácidos essenciais, vitaminas, ácidos graxos polissaturados, chegando a conter entre 50 e 70%, de seu peso seco, em proteínas, quantidade essa que, em geral, é superior a de outras fontes protéicas.

Entre os aminoácidos encontrados na Spirulina está presente, em grande quantidade, a metionina. A metionina exerce função importante na rápida remineralização de nervos afetados, uma vez que participa da formação de colina, precursor da mielina.

Também há que se mencionar a glicina, sobre a qual existem estudos cujos resultados têm demonstrado que sua liberação, por estímulo da medula espinhal, alivia a dor neuropática.

O chamado ácido gammalinolenico (GLA) é outro importante componente encontrado na Spirulina, sendo ela, além do leite materno, o único alimento conhecido que o contém. O GLA atua na prevenção de patologias cardíacas, sendo regulador da pressão arterial, da síntese do colesterol e da divisão celular; previne, também, a deficiência de zinco, a obesidade, etc.

Em relação à Spirulina, deve-se também comentar que, em geral, algas absorvem e quelam importantes oligoelementos, de forma natural. Nessas formas orgânicas, são os minerais (entre os quais se destacam o selênio, o cobre e o zinco, e que formadores são de parte das funções bioquímicas importantes para a preservação da estrutura e funcionamento dos tecidos do sistema nervoso) melhor assimilados pelo organismo. O selênio é um mineral anti-oxidante e, ainda, constituinte essencial de uma enzima específica que encarregada é com relação à eliminação de radicais livres, o que significa que a falta de selênio está associada ao aumento desses radicais. Em relação ao cobre e ao zinco, também possuem poder anti-oxidante uma vez que são componentes de uma enzima que participa de tal função. O zinco, ainda, também atua na eliminação de radicais livres.

Também a importante presença de ferro, magnésio e outros micronutrientes contribui para o enriquecimento dessa alga. É sabido que o ferro ajuda a manter os glóbulos vermelhos e o sistema imunológico, detendo e revertendo a anemia.

A Spirulina é um dos alimentos mais ricos em betacaroteno, pró-vitamina A, do mundo, o qual nela é cerca de dez vezes mais concentrado do que em uma cenoura. É válido mencionar que o betacaroteno, juntamente com a vitamina E, contribui de forma importante para o poder anti-oxidante da Spirulina, protegendo os organismos do envelhecimento e de doenças como o câncer.

Em relação às vitaminas que, vamos dizer assim, a compõem, não se pode também esquecer da presença do Complexo B. Devido à atuação do Complexo B no cérebro, consumir Spirulina significa, entre outras coisas, beneficiar o desempenho da memória, aumentar a capacidade de atenção e o estado de ânimo de uma forma geral. Há ainda que se comentar que, entre todas as vitaminas componentes do Complexo B, a que desempenha papel mais importante quanto ao funcionamento do sistema nervoso é a vitamina B1. Além da contribuição direta dessa vitamina, a Spirulina melhora a eficiência de sua absorção, uma vez que produz um aumento dos bacilos intestinais (lactobacilos).

Falar em Spirulina significa falar também em ácido fólico e em cobalamina, mais conhecida como vitamina B12, essencial aos nervos e tecidos saudáveis. Vitaminas essas que juntas participam da síntese de nucleotídeos purínicos e pirimidínicos, bem como na obtenção de metionina. Uma alimentação insuficiente contribui para suas ausências nos organismos. A deficiência de vitamina B12 pode ocasionar desordens polineuropáticas e neuropsiquiátricas.

Ácido fólico, vitamina B12 atuam – também – na prevenção e cura de anemias.

A Spirulina possui atividade contra vários tipos de vírus, atividade essa que pode ser em parte atribuída ao fato de conter sulfoglicolipídios, capacitados a aumentar as respostas imunes e estimular o funcionamento de macrófagos.

Outro benefício da Spirulina é ser um alimento rico em proteínas e livre da graxa e do colesterol presentes nas carnes. Suas proteínas, bem como a própria Spirulina em si, têm como vantagem a alta digestibilidade – importante benefício para organismos dotados de má absorção intestinal – devido à ausência de celulose dura na parede celular dessa alga, a qual dá lugar a, vamos dizer assim, macios mucopolissacarídios que se dissolvem com o contato da umidade e das enzimas digestivas. Outros alimentos vegetais possuem nutrientes que são em parte inutilizados por estarem, digamos assim, encaixotados dentro de paredes celulósicas indigeríveis. Bem como outros alimentos ricos em proteínas, tais como carne de gado, de frango, pescado, leite, caracterizam-se por sua difícil digestão. A digestibilidade da Spirulina, de outro lado, é, como já foi ressaltado, inigualável. Seus aminoácidos encontram-se em um estado essencialmente livre para uma instatânea assimilação. Em poucos instantes, suas enzimas, nutrientes e essências vitais são absorvidas pelo sangue, sem a momentânea perda de energia que se produz na digestão de outros tipos de alimento.

E mais, existe ainda a figura da ficocianina, pigmento azul encontrado em grande quantidade nessa alga e que tem sido apresentado como agente anti-oxidante – prevenindo enfermidades degenerativas dos órgãos – e anti-inflamatório – atuando positivamente sobre úlceras e hemorróidas – estimulando o sistema imunológico.

Outro benéfico pigmento encontrado na Spirulina, a clorofila, contribui na formação do sangue, renova os tecidos e faz frente à radiação.

PODE-SE DIZER, ENTÃO, que a Spirulina leva consigo inúmeros benefícios a quem a consome, dotando os organismos – premiados a adição de suas propriedades – com mais saúde de uma forma geral, regulando-os e protegendo-os de muitas doenças. É importante sublinhar que a Spirulina traz, entre outras vantagens, aumento da energia vital (graças a seus altos níveis de aminoácidos, vitaminas e minerais), melhorando pele, bem como a sexualidade; traz melhoras para a circulação, para a cicatrização; favorece a eliminação de toxinas dos rins, reduzindo inclusive os efeitos colaterais de alguns medicamentos; incrementa o crescimento...

Além de tudo, apesar de encontrarmos a venda a maior parte dos componentes da Spirulina, na forma de fármacos, em particular as vitaminas e os minerais, é sabido que o consumo desses em sua fonte natural apresenta algumas vantagens, já que se encontram unidos a complexos de proteínas, hidratos de carbono, lipídios e queladores, que em conjunto são facilmente assimilados pelo organismo. Ao contrário de seus análogos industrializados, que apresentam significativas mudanças em suas estruturas químicas.

Enfim, é possível comentar que uma alimentação saudável e adequada será um importante contribuinte na defesa contra os efeitos prejudiciais que vários fatores poderão proporcionar com relação à energia e saúde dos seres em geral..... E a Spirulina é uma poderosa fonte de alimentação, contendo muitos dos nutrientes recomendados para a proteção dos organismos. Uma combinação nutritiva jamais obtida em qualquer tipo de alimento. 

- Esponjas de Água Doce

O que é uma esponja ? E um metazoário sem simetria predefinida e sem órgãos diferenciados. Também é desprovido de células nervosas ou sensoriais.

Pode se ver uma esponja como sendo um vaso fixado a um suporte que deixa passar a água pelos poros que cobrem seu corpo. Essa água passa pela cavidade central e sai por outra abertura.

As paredes do corpo são constituidas por três camadas, o revestimento externo contínuo, um revestimento interno constituido de células digestivas (choanocitos) e entre estas duas uma camada de geleia mais ou menos fluida onde circulam células amiboides e células constituintes.

As esponjas, se bem que imóveis e sem tecido muscular, têm a capacidade se contrair, não para efeitos de movimento mas sim porque as células constituintes da esponja necessitam reorganizar-se.

Apresentam várias côres, em função dos zooclorelas (algas microscópicas) com os quais estão em simbiose.

Uma das razões pelas quais são mal conhecidas pelos aquaristas é porque não têm valor comercial nenhum, as lojas não as conhecem nem têm acesso a fornecedores. Não têm tecidos musculares nem órgãos internos e são cobertas de poros que lhes servem para "inalar" a água, filtrando-a para se alimentar. Daí também a explicação do nome dado ao grupo ao qual pertencem: os poríferos.

Reprodução

Possuem dois modos de reprodução, uma totalmente asexuada, que constitui na divisão e regenaração das células e outra sexuada, pela formação de gémulas que se formam principalmente enquanto a esponja morre (por exemplo devido à aproximação do inverno ou da estação seca).

Uma gémula é um conjunto de células de tipo amiboïde carregadas de enclaves protéicos e lipidicos à volta das quais se formou uma membrana com uma abertura. Essa membrana é rodeada por espículos (compostos de carbonato de cálcio ou de silicío hidratado). A gémula eclode quando as condições estão reunidas (idealmente mais de 16°C), as células saem pela abertura e formam uma massa inerte.

Dito mais simplesmente, a gémula é um conjunto de células indiferenciadas rodeada por matérias nutritivas.

Estas células se transformam e se diferenciam, desenvolvendo núcleos para se chegar a diversas categorias celulares. Finalmente, uma pequena esponja se constitui.

Em termos de reprodução sexuada, tem que se especificar que as esponjas são hermafroditas com células sexuais e não órgãos sexuais. Essas células operam várias mitoses (divisão indirecta) e se tornam ovocitos. Antes de amadurecer estes ovocitos se associam a células carregadas de proteinas e lipidos.

Note-se que estes choanocitos da esponja têm um comportamento semelhante ao dos protozoários, ou seja, a célula alimentar é consumida por fagocitose.

Essa célula, se fôr macho é a associação de um espermatozoide que perdeu a cauda ao penetrar um choanocito – formando o espermiocisto.

A associação entre o espermiocisto e essa célula (ovocisto (célula fêmea)+ célula alimentar) produz a primeira etapa do que vai-se tornar a gémula.

Alimentação

Note-se também que os choanocitos desfrutam de uma relativa independência, o que poderia levar a pensar que as esponjas se assemelham muito uma colônia de protozoarios independentes, não fossem as duas camadas mencionadas acima que constituem seu corpo.

Estes mesmos choanocitos fazem parte do modo de alimentação da esponja pois absorvem as particulas alimentares que entraram na esponja graças ao batimentos de seus flagelos. Eles ingestem essas partículas por fagocitose e excretam na direcção da segunda camada que constitui a parede do corpo, ou seja a camada de células amiboides.

Curiosidade

A título de curiosidade, fez-se uma experiência em que uma esponja foi cortada em bocadinhos, os bocadinhos foram esmagados num saco de seda através do qual se recolheu as células, estas em torno foram colocadas em recipientes. O resultado foi que as células se agruparam e se organizaram rapidamente para constituir uma nova esponja.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

- Montando um Iwagumi

O que é o Iwagumi ?

O Iwagumi é um estilo de jardim japonês, formado por rochas onde essas são o esqueleto do seu jardim. Normalmente são compostas de 3 pedras uma maior que é a principal, a segunda de um tamanho médio e a terceira a menor. O mais importante num Iwagumi é caprichar no layout das rochas começando assim as outras partes já facilitam bem.

O Começo

Em um Iwagumi deve se usar sempre um número ímpar de pedras de vários tamanhos, e deve consistir do mesmo tipo de pedra. Isto irá adicionar a continuidade e harmonia para fornecer um melhor layout.
Um dos aspectos mais difíceis do estilo Iwagumi é alcançar o equilíbrio visual por meio do paisagismo. Muitos seguem a “regra do triângulo de ouro” que divide o layout em três segmentos iguais de cima para baixo e de lado a lado. O ponto focal é o lugar onde as diferentes linhas verticais e horizontais cruzam.
Ao colocar um substrato um Iwagumi deve ter contorno e elevações de acordo com as rochas e sua visualização de layout.

Defina seu Hardscape

Eu recomendo ter pelo menos sete diferentes rochas para selecionar tente encontrar rochas que tenham caráter, os cantos e recantos que combine mais com que você imagina em seu layout seja detalhista.
Algumas das pedras mais populares são a utilização de pedra Seiryu-seki, Maten , ou Shou. Estas rochas são pedras excelentes para usar seu hardscape, mas o seu não se limita a esses tipos.

Seleção das Plantas

O Iwagumi deve dar-lhe um sentimento de tranquilidade e simplicidade, portanto um número limitado de espécies de plantas são utilizadas. Um paisagismo geralmente consiste de um primeiro plano como acicularis Eleocharis (hairgrass Anão), Glossostigma elatinoides e Hemianthus callitrichoides .
Já o fundo deve consistir apenas de uma espécie de planta e pode variar de acordo com a aparência que você deseja obter.

Fauna

Ao selecionar peixes você deseja ênfase simplicidade, harmonia e unidade entre a fauna e paisagismo. Também muitas espécies de peixes pode causar discórdia e caótico movimento aleatório entre os peixes, o que distrai o paisagismo.
Ao invés disso use uma única espécie de peixe de escolaridade para adicionar movimento fluido e contentamento para o paisagismo.  As espécies mais comuns utilizadas são tetras cardinal, tetras nariz Rummy, ou Rasboras Harlequin.
O camarão Caridina japonica (Amano Shrimp) são mais usados em aquários plantados e serve como um excelente limpador de algas. Seu pequeno tamanho e coloração ajuda a misturar bem com as plantas.  Outras variedades de camarões podem ser outras opções.
Enfim espero que com esse tópico possa ter ajudado muitos a construirem seu Iwagumi que considero uma das melhores técnicas para um aquário plantado.

Cuidados

Os cuidados será o mesmo de um aquário plantado. Não se esqueça de usar doses de CO2, de podar as plantas quando necessário e também de fazer as trocas parciais.
Com todas essas dicas você conseguirá montar o aquário de seus sonhos com facilidade.
Boa sorte!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

- Algas Petecas


Anúbia antes do tratamento
                                          Anúbia depois do tratamento
 


Causas das algas petecas em aquários
A razão mais provável para o aparecimento das algas petecas e a introdução das mesmas através de plantas contaminadas ou de um saco de peixes vindo de uma loja com algas petecas. Elas pode vir em pequenos filamentos (esporos) na água ou, talvez, no tubo digestivo de peixes. Uma vez depositadas em um ambiente adequado, elas podem se estabelecer.
O surgimento das mesmas devido ao tipo de substrato (areia, basalto, etc) não foi confirmado até hoje, salvo exceções, por exemplo um substrato vindo de um aquário contaminado.

Eliminar as algas antes de ela contaminar o aquário
Em primeiro lugar, o aquarista pode e deve evitar a introdução de algas petecas em um aquário. Isso é mais importante se algas petecas forem visíveis na loja aonde compramos peixes e plantas. A contaminação através de plantas é muito provável, mesmo que a alga não seja claramente visível. Nestas situações, uma sugestão é "desinfetar" as plantas para matar as algas.
Também é muito importante evitar usar ou misturar qualquer água proveniente de uma loja ou amigo, o ideal e quarentenar o novo peixe por alguns dias até que seu sistema digestivo esteja limpo.
A remoção de folhas infectadas é uma boa idéia. Em muitos casos retirando algumas folhas mais velhas ajuda a reduzir o choque de ter que replantar
No caso de plantas de crescimento lento como Anúbias terem sido afetadas, todas as folhas podem estar cobertas e torna-se impraticável remover as partes infectadas
Embora o que estou prestes a sugerir possa parecer um pouco drástico ou potencialmente nocivo, na verdade é muito seguro e muito eficaz, pois evita também a necessidade de remover qualquer folhas: o uso de água sanitária!

Atenção, isto é deve ser feito num recipiente, vasilha, pote de sorvete, balde, e não no aquário!

Tratar durante 2 a 3 minutos numa solução de 19 partes de água para 1 parte de água sanitária. Você pode usar uma de marca (kboa por exemplo) ou genérica mesmo, desde que ela não possua aromatizantes (limão por exemplo).
Coloque a planta na solução (incluindo uma que é totalmente coberta com algas), e gentilmente mexer a solução para garantir uma boa cobertura.
As plantas de folhas finas são as mais sensíveis e devem ficar no máximo 2 minutos, enquanto que a plantas de folhas grossas, como as anúbias pode podem ficar até 3 minutos.
Em seguida, lave a planta imediatamente em água limpa e corrente. Eu normalmente têm um balde com água limpa pronta, junto com um anticloro daqueles mais baratos, eu tiro a planta da solução e deixo no balde por alguns minutos.
As algas agora estarão mortas, pedaços visíveis podem ser facilmente removidos, esfregando as folhas entre os dedos e as plantas estão agora prontos para ir em seu novo lar..
Algumas plantas mais sensíveis poderão perder algumas folhas, mas quando colocados em um ambiente adequado (boa luz, nutrientes, etc), a planta em breve irá se recuperar rapidamente.
Como um bônus, o tratamento com a solução acima (mas talvez com mais de 3 minutos imersão) irá também eliminar os outros tipos de algas (Pithophora, Cladophora, Oedogonium, etc).
Plantas como crytocorine e anúbias pode fazer um tratamento de 4 minutos sem grandes prejuízos.
A água sanitária também pode ser usada para remover algas de outros objetos do aquário, incluindo rochas, filtro, difusores, peças e até mesmo cascalho. É claro que isto deve ser feito fora do tanque. Lavar tudo muito bem e não se esqueça de remover todos os vestígios de água sanitária.
Seu nariz vai ser um bom juiz.
Uma lavagem extra e secagem ao ar livre ainda é sugerido para grandes superfícies porosas ou itens como vasos de argila.

- Algas no Aquário

Normalmente temos problemas com excesso de algas nos aquários, devido a elevados níveis de nutrientes não consumidos, como:
  • detritos provocados por excesso na alimentação  
  • dejetos orgânicos produzidos por uma população de peixes acima da capacidade do aquário  
  • elevados índices de fosfato, silicato e/ou nitrato na água de uso para o aquário ou proveniente do substrato utilizado (podem ser feitos testes para verificação)
  • baixo nível de KH (Dureza de Carbonatos) 
  • iluminação excessiva
Esses elementos juntos ou separadamente, associados a mais que 12 horas de iluminação, é que acabam causando um crescimento exagerado de algas nos vidros, plantas, corais ou mesmo na água.
Nesses casos o ideal é fazer trocas parciais mais frequentes utilizando um condicionante de água impar semanalmente os elementos filtrantes, colocar animais algueiros (como: molinésias balão, limpa vidros, comedores de alga "Algae Eater", caramujos Ampularia e camarões) e até utilizar alguma resina removedora de fosfato e de silicato se for o caso.
Também podemos ter problemas em um aquário bem plantado ou mesmo de rochas vivas se utilizamos água de torneira poluída, não controlamos a reserva alcalina (Alk) ou a Dureza de Carbonatos (KH) e nem a Dureza Total (GH). Nesses modelos de aquário a iluminação é muito forte e qualquer nutriente em excesso pode provocar um súbito crescimento de algas. O melhor a fazer é sempre utilizar água filtrada de um filtro Deionizador ou de Osmose Reversa. Esses filtros purificam quase 100% da água de torneira, retirando dela qualquer traço de poluente. Se acontecer um surto de algas, deve-se fazer o mesmo procedimento citado no parágrafo anterior, cuidando em utilizar água previamente filtrada, diminuir o fotoperíodo das lâmpadas e usar um tamponador e repositor de sais minerais.
Quando o problema é a água do aquário verde, podemos utilizar clarificantes específicos (Green Water Remover para aquários ou o Clear Fast para lagos). Mas a solução mais definitiva são as trocas parciais e também os filtros ultravioletas (Tetra, AA Aquarium, Atman e JT Industry) , muito utilizado para lagos e também para esterilizar a água do aquário, evitando assim doenças provocadas por parasitas ou protozoários.
O filtro ultravioleta funciona matando as algas verdes que estão em suspensão (água verde) e também acaba esterilizando a água do aquário ou lago, diminuindo bastante a infestação por parasitas nos peixes.
Para acabar com as resistentes e imbatíveis algas "petecas", além das dicas descritas acima, você também pode utilizar um medicamento próprio para aquários plantados, é o Azoo Brush Algae Killer, é muito eficiente. Ou então o Flourish Excel, que melhora a absorção dos nutrientes pelas plantas diminuindo assim o alimento para as algas.
Outro algicida eficiente e seguro para aquários (exceto com invertebrados como caramujos e camarões) é o Algae Destroyer Advanced. E para o caso de algas cianofícias (azuis ou verdes como uma pele) temos o Blue-Green Algae Remover.
Uma resina diferente que temos utilizado de forma indireta para prevenir o problema com algas, doenças e até desequilíbrio do pH, KH e GH é o Purigen, que acaba sendo um "skimmer químico", pois retira da água dejetos orgânicos e ainda por cima é reciclável.
Essas são algumas dicas de como evitar e solucionar esse problema.
Lembre-se, as algas jamais serão ou deverão ser eliminadas por completo do aquário, mesmo porque fazem parte do equilíbrio biológico necessário a um aquário bem estabilizado. O que não pode acontecer é um crescimento desordenado.